O que é IIoT?
A sigla IIoT se refere a Industrial Internet of Things – em português, Internet Industrial das Coisas. Além disso, é uma forte tendência da Indústria 4.0, a qual se caracteriza pela interconectividade de aparelhos e processos para automatizar e otimizar as etapas de produção.
A IIoT permite que as máquinas se comuniquem entre si e forneçam dados valiosos para a análise da condição dos equipamentos. Por esse motivo, é uma tecnologia extremamente vantajosa para o setor de Manutenção, possibilitando o monitoramento e a gestão dos ativos de maneira eficiente.
A diferença entre IoT e IIoT
Ambas consistem em dispositivos inteligentes que transmitem dados pela internet e são gerenciados por softwares. Enquanto a IoT engloba também aparelhos voltados para o cliente – como eletrodomésticos, casas e carros inteligentes – a IIoT se restringe às tecnologias inteligentes para a indústria, tal como sensores de monitoramento para Manutenção Preditiva.
Esses sensores medem parâmetros variados de equipamentos industriais, sendo que os mais utilizados coletam dados de vibração e de temperatura, como é o caso do Tebe NXG.
Aplicações de IIoT na Manutenção
A IIoT na manutenção pode ser resumida em duas principais tecnologias:
- Sensores inteligentes;
- Industrial Analytics;
De todo modo, esses dois itens geralmente atuam em conjunto na consolidação da smart manufacturing (“Fábrica Inteligente”, estrutura com sistemas ciber-físicos que integram trabalho humano e computação avançada para produzir de maneira inteligente). Confira, a seguir, exemplos das tecnologias IIoT:
Sensores inteligentes
O uso de sensores inteligentes, além de alavancar a digitalização da indústria, otimiza o processo de monitoramento da saúde dos ativos. O sensoriamento remoto consiste na fixação de um sensor que coleta dados em tempo real da máquina, enviando-os para uma interface online. Os dados obtidos podem ser de Vibração, Temperatura, Pressão, Ultrassom, etc.
Dessa forma, não é mais necessário ter rotas de inspeção, que além de demoradas, são periódicas. Um sensor Tebe NXG, por exemplo, coleta mais de 2.000 dados de Vibração e Temperatura por dia, ao passo em que a Manutenção Preditiva convencional só coleta dados pontuais em intervalos aproximados de 3 meses.
Os sensores IIoT permitem, entre outras coisas:
- Conhecer o perfil de operação das máquinas;
- Diagnosticar falhas com antecedência;
- Realizar o planejamento da manutenção de forma assertiva;
- Tomar decisões precisas e eficientes;
- Melhorar a confiabilidade, disponibilidade e a manutenibilidade dos ativos;
- Aumentar a segurança dos técnicos de manutenção;
- Reduzir gastos com corretiva;
- Economizar tempo e dinheiro antes investidos em rotas periódicas de inspeção.
Em resumo, o sensoriamento inteligente confere mais autonomia e precisão para a Manutenção das indústrias, o que possibilita a canalização dos esforços da mão de obra para atividades realmente essenciais e que refletem diretamente no desempenho e na qualidade da produção.
Industrial Analytics
O Industrial Analytics é uma infraestrutura que integra ferramentas computacionais como Big data e Machine Learning para criar operações extremamente avançadas e precisas. Além disso, esses dois conceitos, juntos, representam um grande volume de dados que a aprendizagem de máquina (Inteligência Artificial) interpreta e analisa.
Aplicam-se, simultaneamente, cálculos estatísticos, programação e pesquisas operacionais para quantificar e qualificar o desempenho das máquinas. Isso permite otimizar a manutenção e a tomada de decisões importantes na indústria. Mas como o Industrial Analytics se relaciona com a IIoT?
Graças ao sensoriamento inteligente, os equipamentos industriais se encontram conectados à internet, enviando dados para centrais de controle. Quando integrado a esse cenário, o Industrial Analytics possibilita monitorar, interpretar e analisar a saúde dos ativos em tempo real, permitindo ajustes quase instantâneos nos sistemas produtivos.
As máquinas estão sempre emitindo sinais sobre como elas estão operando. Portanto, plataformas como o IoTebe, que recebem e processam informações sobre o estado dos ativos, conferem à manutenção o poder de captar esses sinais.
Com isso, o poder de decisão sobre quando interromper a produção para reparo dos equipamentos fica nas mãos da equipe de profissionais, e não da própria máquina.
Benefícios da IIoT
Em 2019, a ABII (Associação Brasileira de Internet Industrial) realizou uma pesquisa que expôs o cenário atual da IIoT no Brasil. Nesse estudo, as 78 indústrias de manufatura participantes relataram os benefícios que as motivaram a investir na tecnologia. Segue abaixo:
Redução de custos
O primeiro ponto levantado chama a atenção, pois existe, de modo geral, um grande receio em destinar verbas para a implementação de novas tecnologias. A IIoT reduz significativamente os custos com manutenção, pois coleta dados em tempo real que permitem fazer ajustes necessários de forma rápida e incisiva. Isso diminui desperdícios e prejuízos com paradas imprevistas, além de ajudar a traçar planos mais eficientes de manutenção.
Com maior controle da saúde dos ativos e custos reduzidos, as empresas podem redirecionar as economias para melhorias internas e expansão para novos mercados, por exemplo.
Vantagem competitiva
O uso de IIoT tem se mostrado uma carta na maga para que as empresas se mantenham relevantes no mercado. Early adopter é o termo que denomina o usuário disposto a experimentar novidades, a ser pioneiro na adoção de novas tecnologias que surgem no mercado.
Ainda que uma postura mais conservadora passe uma maior sensação de estabilidade, um estudo recente da McKinsey demonstra que não é bem assim.
A pandemia tornou ainda mais notável o quanto a inovação tecnológica pode proporcionar maior segurança no meio industrial, mesmo que isso pareça contra intuitivo para a maioria das pessoas. O estudo mencionado sugere que empresas que implementaram a Indústria 4.0 antes da pandemia sentiram um baque menor, pois estavam mais preparadas para gerir problemas e lidar com situações inusitadas.
“É particularmente interessante, embora lógico, que a covid-19 tenha catalisado ainda mais as empresas para aumentar sua confiança nas tecnologias da Indústria 4.0, e particularmente na Internet das Coisas Industrial, a fim de manter a continuidade dos negócios. Essas empresas que implementam tecnologias de IoT à frente de seus concorrentes e em suas cadeias de valor são aquelas que têm a chance de vencer a longo prazo.”
– Mike Carter, presidente da Inmarsat Enterprise
A IIoT no Brasil e no mundo
Pesquisa recente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) mostra que o Brasil ainda está atrasado no que diz respeito à IIoT.
Das empresas participantes do estudo, 73% não têm projetos de IoT, sendo que 44% não vê necessidade dessa tecnologia para o negócio. Por outro lado, a grande maioria das empresas que adotaram um projeto de IoT relatam estarem satisfeitas com os resultados (40% acima do esperado e 50% dentro do esperado).
O uso de tecnologias digitais na manutenção de máquinas e equipamentos é apenas 25%, o segundo mais baixo da amostra, surpreendendo pela sua capacidade de otimizar o planejamento e a execução de ordens de serviço.
A baixa adesão indica uma certa relutância em investir na inovação do setor de manutenção, o qual, muitas vezes, já possui baixo orçamento mesmo para tecnologias obsoletas.
Visto que a tendência é que a indústria, o mercado e todas as demais relações sejam cada vez mais digitalizadas, o atraso em aderir à IIoT provoca uma desvantagem cada vez maior para as indústrias que se restringem aos métodos antigos.
O processo inicial pode parecer difícil de implementar, e muitas vezes as empresas não sabem por onde começar na adesão a tecnologias digitais mais avançadas. Portanto, é importante buscar orientação e apoio nesse início. Com isso em mente, a Tebe oferece uma consultoria gratuita para auxiliar e orientar os tomadores de decisão sobre os passos necessários na adoção do sensoriamento remoto, tecnologia fundamental para a manutenção na quarta revolução industrial. Assim, você pode iniciar essa jornada com mais confiança.
O sistema é simples de usar e já está sendo implementado por indústrias com baixa especialização na área de Internet Industrial das Coisas. Assim, ele estimula a adoção paulatina de demais recursos inovadores.
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