Este artigo vai ajudar você a entender como alcançar a eficiência operacional otimizando recursos com menos custos, sem comprometer a qualidade.
As empresas têm optado por reduzir custos para investir com assertividade e alcançar lucratividade, diante da volatilidade econômica atual.
Neste conteúdo, você ainda verá os benefícios que ela traz, além da importância que isso tem para o dia a dia da indústria, bem como ajuda na diferenciação de mercado. Vamos lá?
O que é eficiência operacional?
A eficiência operacional é crucial para o sucesso empresarial, especialmente no chão de fábrica. Você sabe por quê?
Nas indústrias isso está diretamente relacionado ao que tange custos e produtividade.
Afinal, podemos definir a eficiência operacional como a capacidade de otimizar recursos para produzir, evitando erros e desperdícios.
Calculamos a eficiência operacional diária com base na relação entre as entradas e saídas da empresa, refletindo o uso eficiente de recursos para alcançar metas. Mas o que esses termos realmente significam?
As entradas (input) são os trabalhos relacionados à produção, bem como os custos, pessoas e o tempo despendido. Vemos a eficiência operacional principalmente nos indicadores de OPEX (despesas operacionais) e CAPEX (gastos de capital), entre outros.
Já as saídas (output) são tudo aquilo que está diretamente interligados ao próprio produto ou serviço produzido, como por exemplo a receita e satisfação dos clientes.
E por ser uma necessidade básica de qualquer negócio, cada um avalia estrategicamente quais indicadores de eficiência operacional fazem mais sentido para acompanhar e implementar melhorias. Na indústria, por exemplo, os índices de produtividade, giro de estoque, disponibilidade e confiabilidade dos ativos são alguns dos principais.
Você já deve ter visto isso antes
Às vezes nos acostumamos tanto com determinados problemas, que eles acabam fazendo parte da nossa rotina e até justificamos eles: “ah, é que demora mesmo”, “quebrou, mas o técnico já está vindo arrumar”, “todo mês a gente passa um pouco do orçamento previsto.”
Olhando de forma isolada, até que não parecem grandes problemas para uma indústria, certo? Mas e se somarmos esses gastos operacionais gerados e multiplicarmos isso para todos os setores? O resultado dificilmente irá ser outro, além de baixa lucratividade.
Sabe aquele momento de ociosidade dos colaboradores em virtude da falha de rolamento de um mancal? Esse é um exemplo claro de dois pontos de ineficiência operacional.
A falha, que poderíamos ter previsto e cuja manutenção poderíamos ter antecipado, faz a máquina parar e deixa o colaborar ocioso no processo produtivo.
E o que esses dois pontos têm em comum? CUSTO.
O Taichi Ohno, conhecido como o pai do sistema Toyota de produção, costumava dizer que “Os custos não existem para serem calculados. Os custos existem para serem reduzidos.”
Pensando sobre essa ótima, destacamos aqui a importância de investir em ações estratégicas que mitiguem ou até mesmo eliminem esses gargalos de ineficiência, exatamente como fez uma usina de açúcar e álcool evitando sua parada, mesmo tendo tido um defeitos em um dos seus rolamentos, confira aqui.
A importância da eficiência operacional para a competitividade.
Devemos nos preocupar com a eficiência operacional antes de identificar falhas e monitorar os concorrentes antes que eles apareçam, especialmente quando as tendências de mercado e a concorrência surgem rapidamente.
E isso vai além do operacional, ramificando ainda para a estratégia corporativa de adotar como mantra, que é mais do que necessário inovar na forma de realizar as atividades do cotidiano, no tratamento dos seus recursos e ativos, para alcançar um posicionamento competitivo e de eficiência.
Michael Porter, um professor teórico de negócios da Harvard Business School, pontua em seu artigo What is strategy? que a eficiência operacional e estratégia são essenciais e devem caminhar juntar para alcançar um desempenho significativo, apesar de funcionarem de maneiras distintas.
Se as melhorias operacionais não forem transformadas e utilizadas em estratégias competitivas, tornam-se inúteis.
A soma dos esforços em motivar os funcionários e ter um conhecimento maior sobre a gestão da execução de determinadas atividades ou o conjunto delas, são uma fonte rica de insumos que possuem um impacto atrelado à rentabilidade da produção, gerando como resultado uma boa posição relativa de custos e de nível de diferenciação.
Com essa combinação de eficiência operacional e estratégia, a empresa pode alcançar resultados satisfatórios, trazendo consigo os seguintes benefícios:
Efetividade nas estratégias
O planejamento estratégico geralmente se baseia no cenário atual da empresa para projetar ações a longo prazo.
Em contrapartida, o planejamento operacional é de curto prazo devido às constantes transformações que exigem flexibilidade e adaptabilidade em relação ao que foi estabelecido.
Por esse motivo, é de extrema importância que elas tenham efetividade. E isso só acontece quando o gestor tem uma visão ampla dos processos, custos, falhas e desafios.
Dados precisos para a tomada de decisões
Muito do que foi dito no item anterior, podemos ressaltar aqui, principalmente porque além de ter essa visibilidade do que acontece, é necessário ter dados precisos e confiáveis que comprovem o quão efetivo ou não tem sido as operações e os processos.
Dessa forma, quanto temos um monitoramento online em tempo real desses dados, conseguimos também ter agilidade para a tomada de decisões e evitar custos desnecessários.
Gestão efetiva dos resultados
Partindo do princípio que as estratégias planejadas foram baseadas em dados ricos e consistentes, o próximo passo é gerenciar os resultados obtidos para entender se a rota calculada está correta.
Percebemos que os benefícios gerados pela eficiência operacional estão interligados. Juntos, proporcionam uma visão abrangente dos cenários, analisando o que está funcionando bem e o que precisa ser aprimorado. Isso ajuda a quantificar o desempenho de máquinas, pessoas e processos.
3 maneiras de como melhorar a eficiência operacional na indústria
Se você chegou até aqui, deve estar curioso para saber como é possível melhorar a eficiência operacional na indústria. Então vamos lá! Confira abaixo as 3 dicas que trouxemos:
1. Invista em tecnologia
Você provavelmente já deve ter ouvido falar, que o óbvio também precisa ser dito. E quando falamos aqui para investir em tecnologia, é trazer um pouco dessa frase para a prática.
O uso da tecnologia na indústria ajuda a automatizar e fazer a gestão de processos, além de possibilitar o direcionamento de esforços para o que realmente importa: planejamento e execução de ações estratégicas.
Softwares de monitoramento e sensores de vibração, entre tantas tecnologias disponíveis no mercado, possibilitam a identificação de problemas como desgaste nos ativos, desalinhamentos e outras falhas, permitindo prever a necessidade de manutenções preditivas.
Sendo eles grandes aliados para transformar os processos mais ágeis e eficientes. Além de mensurar os benefícios concretos vistos no dia a dia, é possível observar uma performance mais robusta dos resultados, como o aumento da vida útil dos equipamentos e a redução dos custos de reparo.
2. Use dados ao seu favor
Já que dissemos aqui para você investir em tecnologia, precisamos também dizer que de nada adianta, se não utilizar os dados que essas e outras ferramentas geram.
Essas informações são grandes insumos para poder analisar com mais exatidão os cenários e até mesmo implementar otimizações dos processos, bem como entender o que naquele momento precisa de melhorias e correção de falhas.
3. Capacite sua equipe
As dicas que demos até agora mostram como estão conectadas entre si, e essa também não é diferente
Depois de investir em tecnologia e usar os dados fornecidos por ela, chegamos em um dos passos mais importantes: investir na sua equipe.
No dia a dia, são eles que vão lidar com as principais situações em que há gargalos de custo e ineficiência operacional, por isso, a importância dessa capacitação e investimento.
Portanto, devemos implementar todas essas mudanças, e muitas outras que ainda virão, junto com estratégias de treinamento para os funcionários, fornecer suporte técnico para eventuais dúvidas e incentivar a disseminação da cultura de inovação no clima organizacional.
Agora é a sua vez!
Chegamos ao fim dessa trilha de aprendizado, mas agora é a sua vez! Aproveite todo o conteúdo visto até aqui e coloque em prática as dicas apresentadas e alcance a eficiência operacional.
E caso tenha ficado alguma dúvida se realmente faz a diferença aplicar isso na sua indústria, confira abaixo o depoimento que trouxemos do Daniel, Analista de Preditiva da SJC Bioenergia, que investiu na implementação dos sensores de vibração da Tebe.
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